Operações nos morros do Pavão-Pavãozinho e Cantagalo chegam ao fim

Operações nos morros do Pavão-Pavãozinho e Cantagalo chegam ao fim




Bartolomeu Brito


Rio - Terminaram no início da tarde desta segunda-feira as operações
nos morros do Pavão-Pavãozinho e do Cantagalo, na Zona Sul do Rio, que
começaram por volta das 6h desta segunda-feira. O Secretário de
Segurança, José Mariano Beltrame, o chefe da Polícia Civil, Gilberto
Ribeiro, e o Comandante da Polícia Militar, Gilson Pitta, vão até a
Coordenadoria Geral de Operações Aéreas (CGOA), na Lagoa Rodrigo de
Freitas, onde está o material apreendido na operação. O secretário de
Segurança apresentará, às 15h, o material.

Policiais da
Delegacia de Combate às Drogas (Decod) e da Coordenadoria de Recursos
Especiais (Core) encontraram uma minirefinaria de drogas no Morro
Pavão-Pavãozinho. No local, foram apreendidos 10 kg de cocaína, uma
prensa grande, uma granada, um fuzil e uma pistola UZI 9 milímetros
(israelense). Segundo a polícia, na refinaria improvisada eram
processados 25 kg de cocaína por dia - em um mês, a média de produção
era de 250 Kg. A droga era distribuída por vários morros da região.

Durante
a operação, que também ocorreu no Morro do Cantagalo, vizinho à
comunidade, o bandido Adalto do Nascimento Gonçalves, 28 anos,
conhecido como Pit Bull, um dos chefes do tráfico na favela, foi preso.
Ele estava com um crachá de vigia do PAC (Programa de Aceleração do
Crescimento).
Contra Pit Bull já havia um mandado de prisão preventiva decretado
pela Justiça a pedido da Delegacia Especial de Atendimento ao Turista
(DEAT). Segundo o delegado Marcus Vinicius Braga, da Decod, a polícia
foi ao morro com o objetivo de cumprir 10 mandados de prisão. Há dois
contra outros chefes do tráfico no Cantagalo, conhecidos como Juca Bala
e Bolão.
Houve troca de tiros durante a ação e seis pessoas foram presas,
além de Pit Bull. Dos detidos, dois são condenados a 10 anos de prisão.
Homens do 23º BPM (Leblon) e da 14ª DP (Leblon) atuaram ao mesmo tempo
no Cantagalo, em operação conjunta.
De acordo com a polícia, bandidos dos morros Chapéu-Mangueira e
Babilônia, no Leme, teriam se refugiado no Pavão-Pavãozinho. Devido aos
constantes tiroteios, os 250 operários da Construtora OAS que trabalham
nas obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) na comunidade,
tiveram que interrmper o serviço, mas já voltaram ao trabalho.
Na manhã desta segunda, dois helicópteros sobrevoaram as matas no
entorno do Morro do Pavão-Pavãozinho. Policiais civis desembarcaram
das aeronaves no telhado de uma casa. Bandidos que estavam no local
reagiram soltando fogos e atirando. Os helicópteros foram ao local para
ajudar na retirada de material de endolação que foi encontrado.
Segundo a polícia, também foram apreendidas balas de festim e uma
farda do Batalhão de Choque da Policia Militar, que podem ter sido
roubadas durante as filmagens de Tropa de Elipe, realizadas no Morro do
Chapéu-Mangueira.